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LLGirls: programa incentiva a participação feminina no LearningLab

A inclusão feminina tem sido um dos grandes desafios enfrentados no mundo da Tecnologia da Informação (TI). Frequentemente associadas a profissões que são tradicionalmente vistas como “femininas”, muitas mulheres são desaconselhadas a seguir carreiras que exigem pensamento lógico ou habilidades técnicas avançadas. Essa visão limitada perpetua estereótipos de gênero e dificulta o desenvolvimento e diversidade no setor, excluindo potenciais talentos por vezes “desperdiçados” em outras áreas.

No LearningLab (LL), o protagonismo feminino sempre foi de extrema importância — desde o seu início, em 2020, quando o projeto foi fundado por três mulheres: a professora Jacilane Rabelo e as alunas Marina Rocha e Gabriela Andrade. Atualmente, das 15 mulheres do LL, 8 delas (mais da metade) exercem papéis de liderança, o que vai de encontro com o que pode ser observado no mercado de trabalho, onde há uma predominância masculina em papéis de destaque.

Uma das mulheres que ocupam um papel de liderança, a sub-líder do setor de pesquisas, Israely Lima, contou como o projeto foi bastante importante para a sua formação como Engenheira de Software, Analista de Experiência do Usuário e Designer de Interfaces. Acreditando que a participação das mulheres na TI deve ser um tópico trabalhado constantemente, ela destacou as experiências práticas, os projetos com cenários do mercado de trabalho e o incentivo à pesquisa e à docência (principalmente por parte de Jacilane) como essenciais para a sua trajetória.

Israely em uma das muitas palestras ministradas pelo LearningLab (acervo pessoal)

“Quando eu entrei no projeto iniciei as atividades como instrutora de um curso inovador sobre Figma e foi muito gratificante esse desafio! Essa experiência de ensino me fez abrir um olhar que eu jamais teria que seria para o mestrado. Em seguida dentro do projeto a experiência em inovação em processos me ajudou ver que eu poderia seguir por uma área mais focada na engenharia de processos, o projeto foi um berço de conteúdo”, afirmou a integrante.

Um trabalho contínuo e em conjunto…

Embora tenhamos orgulho de tudo o que construímos até aqui em termos de inclusão feminina, no entanto, reconhecemos que ainda há muito a se fazer. As mulheres ainda representam 37,5% do total de membros do projeto — o que é uma porcentagem elevada se considerarmos a distribuição de gêneros nos cursos de TI do campus, mas insuficiente para nossos esforços visando atingir uma representatividade plena.

É por isso que estamos lançando oficialmente o programa LLGirls, uma iniciativa já em vigor há alguns meses internamente no LearningLab que visa promover ainda mais a participação feminina no projeto.

Jacilane, que atua como coordenadora do LearningLab e exerce o principal papel de liderança no projeto, destacou que a ideia do LLGirls surgiu naturalmente, a partir da observação do trabalho desempenhado por integrantes mulheres, bem como da escassez no que diz respeito ao ingresso feminino nos cursos de TI do campus da UFC de Russas.

As fundadoras do LearningLab — Marina, Jacilane e Gabriela (acervo pessoal)

Um dos principais objetivos do LLGirls é incentivar a participação feminina em áreas mais relacionadas ao desenvolvimento — problemática que resultou, recentemente, na criação de alguns treinamentos internos visando capacitar mulheres para tais áreas. “É um grande programa de incentivo para trazer mais meninas para o LearningLab, treiná-las e mostrar que elas são capazes de fazer qualquer coisa”, comentou a coordenadora.

Embora as mulheres sejam as protagonistas de suas trajetórias, o LearningLab entende que lutar pela igualdade de gênero é um dever de todos, e é por isso que os LLBoys também estão bastante engajados nessa tarefa. Para o participante Eriky Ryan, um dos que estão à frente desse esforço, o programa LLGirls é importante para a formação de novas líderes femininas dentro do projeto, principalmente para se ter mulheres atuando em áreas onde há atualmente uma predominância de integrantes homens, como desenvolvimento, DevOps, e Análise de Qualidade, etc. “Não só em UX e frontend, que são áreas comumente mais atribuídas a mulheres na tecnologia”, afirmou.

Jacilane também destacou positivamente essa colaboração entre homens e mulheres. “O legal do LLGirls é que a gente consegue trabalhar junto com os meninos […] O próprio pessoal do projeto começou a ver que existem poucas meninas dentro do setor de desenvolvimento, e os meninos começaram a treinar as meninas para essa área. Eu acho isso um diferencial em um projeto que atende a um público bastante diverso”, comentou a coordenadora.

Quer fazer parte do LLGirls? As inscrições estão abertas!

Caso você se identifique com o gênero feminino e queira fazer parte do LLGirls, o LearningLab abriu um novo processo seletivo para bolsistas voluntárias para o projeto. Isso mesmo: um edital exclusivo para mulheres que queiram fazer parte desse time que não para de crescer!

O objetivo do LLGirls é fornecer uma capacitação às participantes, as quais serão submetidas a treinamentos nas seguintes áreas de atuação:

Ao longo da capacitação, as participantes poderão observar suas principais aptidões e entender quais são suas principais áreas de interesse, sendo efetivadas no LearningLab nas áreas em que demonstrarem maior destaque e habilidades.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 12 de maio no formulário disponível nesse link. Para se inscrever, é necessário anexar o Histórico Escolar (emitido pelo SIGAA), o Currículo Lattes atualizado e uma Carta de Motivação.

Tá esperando o que?